domingo, 20 de abril de 2008

"a minha Beirute"

Caramel é delicioso
Retratos das vidas de mulheres unidas pela amizade, tendo em comum o amor, a dor, a desilusão, tudo espartilhado numa sociedade cheia de tradições, preconceitos e tabus.
Procuram o mesmo que todos nós, a felicidade, ou pelo menos algo que se assemelhe.
A história tem como expoente máximo o facto de se desenrolar num cabeleireiro, num país em que as mulheres (ainda!?) usam Burka! Num desnovelar dos seus sentimentos, preocupações e desejos, rodando à volta de um conceito muito original de doce/amargo, representado pela forma como usam caramelo para fazer depilação, um misto de beleza/dôr.
Retratos de algumas de nós, ou pelo menos uma faceta de nós num qualquer intervalo de tempo.



Caramel
Caramel Em Beirute, cinco mulheres cruzam-se regularmente num salão de beleza, um microcosmos colorido onde várias gerações se encontram, falam e trocam segredos.
Layale é a amante de uma homem casado, que espera que ele deixe a mulher.
Nisrine é muçulmana e vai casar-se em breve mas já não é virgem e teme a reacção do marido.
Rima é atormentada pela atracção que sente por mulheres e vive ao ritmo das visitas de uma bela cliente de cabelos longos.
Jamal recusa-se a envelhecer. Rose sacrificou a sua vida para tratar da irmã mais velha.
No salão, os homens, o sexo e a maternidade estão no centro das suas conversas íntimas e liberais, entre cortes de cabelo e depilação com caramelo.
Realização: Nadine Labaki
Com: Nadine Labaki, Yasmine Al Masri, Joanna Moukarzel, Gisèle Aouad, Adel Karam, Siham Haddad, Aziza Semaan, Fatme Safa, Dimitri Staneofski, Fadia Stella, Ismaïl Antar
Site oficial: Caramel
Género: Comédia/ Romance
Distribuição: Atalanta Filmes
Classificação: M/12
Líbano, 2007
95 min
Data de estreia: 6 de Março de 2008

quarta-feira, 16 de abril de 2008

cisne


Não é um renascer
é um recomeçar
com muito de diferente
mas contando com o que já tenho

domingo, 13 de abril de 2008

fazer o levante


não era para todos

sentíamo-nos uns pequenos heróis

corajosos na nossa investida contra as ondas

certos de que o mar estava connosco

e não contra nós

meio entre o domínio, o ligeiro e frenético receio

e a excitação de fazer o levante

pequenos senhores da onda

onda, que podia sempre uma vez ou outra

enrolar-nos no seu turbilhão de água e areia

mas, o maior medo era e foi sempre

o de conseguir sair